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Marco Matos  (Agrifaia) ...da Feira Nacional de Agricultura à Feira de São Pedro

Marco Matos (Agrifaia) ...da Feira Nacional de Agricultura à Feira de São Pedro

Marco Matos, um dos três irmãos que lideram a Agrifaia, fala-nos de máquinas agrícolas, agricultura e, agora que terminou a Feira Nacional de Agricultura, também da presença na Feira de São Pedro (Torres Vedras).
Estávamos a cerca de quinze dias do maior certame da região e fomos conversar com alguém que há mais de 50 anos marca presença na Feira de São Pedro (Torres Vedras) como expositor.

Revista Festa - A Agrifaia é um dos expositores mais tradicionais na Feira de São Pedro?
Marco Matos - Há cerca de 52 anos que ‘vamos à Feira’, desde logo com o meu pai, Benedito Matos, que fundou esta empresa, mais tarde comigo e com os meus irmãos Helder e Nuno.

Revista Festa - Acabam de regressar da Feira de Santarém, onde também estiveram como expositores. Como correu?
Marco Matos -As expectativas são boas, mas “enxoval que não vai com a noiva...”.
Houve muita procura, muitas visitas, fartamo-nos de dar cartões e catálogos, mas agora é aguardar e ver o que vai resultar daí durante o ano.

Revista Festa - Os vossos tratores, motocultivadores e alfaias são novos ou também têm usados?
Marco Matos - Nas Feiras só temos em exposição máquinas novas, como é evidente, em especial as marcas que importamos de Itália, China e Índia - Benassi, Dong Feng e VST, em especial.
As máquinas usadas que recondicionamos e vendemos com garantia “de novo” também têm o seu papel, mas essas só podem ser vistas nas nossas instalações ou pedidas através dos nossos agentes em todo o país.

Revista Festa - Qual é o vosso cliente tipo?
Marco Matos - O nosso principal cliente não é o grande agricultor, é mais o médio e pequeno agricultor.
Como só trabalhamos com máquinas até 50cv não estamos particularmente vocacionados para o grande agricultor, que já necessita de tratores acima dos 100cv.

Revista Festa - Vendem para todo o país?
Marco Matos - Sim, claro. Temos agentes de norte a sul de Portugal e a nossa maquinaria é bastante procurada.
Somos importadores e distribuidores e todo o nosso produto está disponível nessa rede nacional de agentes.

Revista Festa - Qual a região do país em que existe maior procura deste tipo de equipamento?
Marco Matos - Atualmente, para o nosso tipo de cliente, a maior procura dá-se mais aqui, na região Oeste, bem como nas regiões de Aveiro e Viseu. Há alguns anos o Norte e o Alentejo foram mercados muito fortes, mas atualmente perderam um pouco do seu peso de procura para as que referi.

Revista Festa - Estando por dentro da agricultura, sentem que esta é uma fase boa para o sector?
Marco Matos - Nem por isso. Os agricultores queixam-se de que o valor daquilo que produzem atualmente se dilui nas manutenções, nas compras de produtos e assim. Desde a pandemia, com os aumentos na energia, no ferro, na maquinaria, que os agricultores estão a suportar valores superiores em cerca de 40% aos que tinham antes e vêm os preços dos seus produtos sem grande alteração.

Revista Festa - Mas nós vamos ao supermercado e os produtos provenientes da agricultura estão muito mais caros?
Marco Matos - Está tudo mais caro mas o próprio agricultor não acompanha o preço que está no super-mercado. Esses valores não refletem no valor que o agricultor recebe pelos seus produtos e sim pelos canais intermédios.

Revista Festa - Já sabem onde vão estar na Feira de São Pedro e que máquinas vão expor?
Marco Matos - Vamos estar no local do costume, entre os dois pavilhões. Vamos expor o nosso material habitual, com algumas novidades pelo meio, em especial com máquinas mais evoluídas e modernas.

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