Socorrendo-nos da Wikipédia, poderemos sintetizar a vida da homenageada: Paula Rego nasceu em Lisboa a 26 de janeiro de 1935, no seio de uma família da alta burguesia, de tradição liberal e republicana, com liga-ções à cultura inglesa e francesa.
Durante os seus primeiros três anos de vida viveu com os seus avós paternos, na quinta que a sua família possuía na Ericeira, devido aos seus pais terem partido para Inglaterra a fim de terminarem os seus estudos académicos. Mais tarde, já com os seus pais de regresso a Portugal, foi diagnosticada com tuberculose, passando a residir, por recomendação médica, junto ao mar no Estoril e a passar os fins de semana na casa dos avós na Ericeira.
Recuperada da doença, iniciou os seus estudos no Colégio Integrado Monte Maior, em Loures, ingressando posteriormente, em 1945, na St. Julian's School, em Carcavelos. Após concluir o ensino secundário, em 1952 partiu para Londres, onde estudou na Slade School of Fine Art até 1956 e conheceu o pintor inglês, nascido no Egipto e então estudante, Victor Willing (1928-1988), com quem passou a viver e se casou em 1959.
Regressada a Portugal em 1957, passou a residir na Ericeira com a sua família, continuando durante esse período a criar efusivamente novas obras e a participar ocasionalmente em exposições colectivas em Inglaterra. Somente cinco anos depois, Paula Rego expôs individualmente pela primeira vez, na Galeria de Arte Moderna da Escola de Belas-Artes de Lisboa, em 1966, onde apresentou vários trabalhos relacionados com acontecimentos chocantes da vida política ibérica.
Em princípios da década de 1970, com dificuldades financeiras, geradas pela falência da empresa familiar radicou-se em Londres com o seu marido e filhos.
Durante a década de 80, começou a leccionar como professora convidada na Slade School of Fine Art. Durante a última década do século XX, a convite da primeira edição do programa Associate Artist Scheme da National Gallery, a pintora ocupou um atelier no museu. Apesar de viver no estrangeiro, a pintora que continuava atenta à situação política e social de Portugal, sendo pedido à artista que realizasse o retrato oficial do presidente Jorge Sampaio.