A inauguração do Polo Cultural e Social da Fonte assumiu-se como um importante marco nas celebrações. Este novo espaço do Município, que resulta da recuperação das antigas oficinas, foi pensado para dar uma resposta eficaz às crescentes necessidades culturais e sociais do concelho. Refletindo a vertente cultural do local, o evento teve como pano de fundo a “Exposição Mulheres Cadavalenses” e contou com a atuação da Orquestra Juvenil da Associação Filarmónica e Cultural do Cadaval.
A manhã encerrou com uma “Missa pelos Beneméritos do Concelho”, celebrada na Igreja Matriz do Cadaval.
A tarde foi dedicada à valorização de um dos maiores símbolos do concelho, a Real Fábrica do Gelo, com a apresentação de dois trabalhos que destacam a sua importância histórica e cultural.
Com o intuito de proporcionar um conhecimento mais profundo sobre este monumento nacional, o Município lançou o livro “A Fábrica da Neve da Serra do Montejunto - Análise Histórica e Estado da Questão”, da autoria de Patrícia Monteiro, investigadora do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas da Universidade de Lisboa. O estudo de caraterização histórica assume-se como um testemunho de uma época de desenvolvimento, valorização, reconhecimento e prosperidade deste território.
Com o mesmo foco, foi ainda apresentado o documentário “Real Fábrica do Gelo da Serra de Montejunto”, que destaca não apenas o papel inovador na produção de gelo, mas também a sua relevância como ponto de interesse turístico da região Oeste.
As comemorações do 127.º aniversário do Feriado Municipal arrancaram no dia 10 de janeiro com o “Concerto Camões: 500 Anos”. O evento, que combinou música, história e poesia, homenageou o autor de “Os Lusíadas” com uma sessão especial para a comunidade escolar e outra aberta ao público em geral.
No domingo, dia 12 de janeiro, a Igreja Matriz do Cadaval encheu-se de talento e de pessoas para assistir ao Concerto de Ano Novo do Grupo Coral do Cadaval, que contou com a participação da Banda Filarmónica de Enxara do Bispo.
Feriado Municipal
A 26 de setembro de 1895, por decreto do Governo, o concelho do Cadaval foi extinto, com as suas nove freguesias (Painho só viria a ser considerada freguesia mais tarde) anexadas aos quatro concelhos limítrofes: Alenquer, Azambuja, Óbidos e Rio Maior.
A extinção do concelho gerou forte contestação popular, levando à formação de uma comissão que se empenhou na sua restauração. Após várias disputas, mobilizações populares e intervenções políticas, o concelho do Cadaval foi finalmente restabelecido a 13 de janeiro de 1898, marcando um importante capítulo da sua história.