Dentro dos convencionais podemos contar com o método direto, chamado também de comunicativo. É um dos primeiros métodos e foi utilizado ainda na Grécia antiga. Consiste na participação ativa do aprendiz numa conversação com o professor ou com outros utiliza-dores da língua. Outro método convencional é o gramático onde a gramática e o vocabulário constroem a base da aquisição linguística, muitas vezes solitária, usada nas análises e traduções dos textos. Um outro método surgiu durante a II Guerra Mundial nos Estados Unidos como o mais rápido e eficaz no ensinamento dos soldados. Denominou-se áudio-linguística e teve como objetivo dominar as quatro competências: audição, oralidade, leitura e escrita.
Passando para métodos não convencionais, vale a pena sublinhar que o denominador comum a todos eles é uma maior atenção e foco no aprendiz (aluno), tanto nas caracte-rísticas pessoais como no sentimento de bem-estar. Como exemplo temos o método Total Physical Response (TPR) onde se destaca a análise silenciosa e o movimento físico relacionado com os conteúdos da comunicação. Na prática os alunos respondem aos imperativos do professor, por ex. “Ana fecha a janela. João, quando a Ana fechar a janela, abre a porta! “. Existe também o método Counselling Language Learning (CLL) que se baseia numa convicção que a aprendizagem ocorre apenas nas situações comunicativas e nas áreas de interesse dos utilizadores da língua. Finalmente, temos o método natural onde a aprendizagem de uma língua estrangeira é uma espécie de absorção orgânica. É mais comum em idade tenra quando o ser humano aprende a falar, comer, andar e viver em sociedade.
Hoje, na era das novas tecnologias a cada passo surgem novas aplicações, filmes, programas, canais e outros conteúdos tecnológicos que convidam à aprendizagem de línguas. No meio destes (e outros) métodos que são sem dúvida alguma uma mais-valia, existe um fator importantíssimo que pode ser decisivo. A aptidão pessoal para ultrapassar o seu próprio bloqueio, o tal medo de falar e errar.
Falar uma língua estrangeira é um ato íntimo, e falar significa tirar do nosso interior alguns sons, que inicialmente parecem estranhos até a nós próprios. É preciso coragem para partilhá-los com outros.
Na tentativa de aprender uma língua estrangeira é essencial perceber que é um processo psicológico e não logístico, onde errar é tão natural como respirar. Só errando é que aprendemos, e são os erros que nos transportam para o nível seguinte. Para conseguir falar é fundamental ganhar coragem e ultrapassar as nossas próprias inseguranças.
O que é garantido é que não é preciso ser excelente para começar, mas é preciso começar para ser excelente.