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Mundo Auto: Reeditar o passado

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Amanhã poderemos reviver a mítica Renault 4L e o emblemático Fiat 127.

A indústria automóvel vive um momento nostálgico. São cada vez mais os ensaios em reeditar antigos ícones do automobilismo. A necessidade de fazer do antigo novo talvez aconteça pelo esgotamento de algumas modernices, tantas vezes assentes em conceitos que não se identificam com os anseios da maioria dos consumidores ou ficam deles distantes tão-só por serem excessivamente caros. Como escrevemos na última edição, os construtores e designers – particularmente os atelier independentes - correm atrás de projectos que possam ser emergentes de modelos lendários e que os possam colocar no quadro-de-honra da indústria, quer venham ou não a integrar calendários do ciclo produtivo.

É tempo de refazer a Renault 4L, o maior competidor do também francês Citroën 2 CV. A recriação surge depois de outra não menos fantástica, a do Fiat 127. Em ambos os casos, a identidade dos modelos encontra-se claramente vincada. A modernização está sobretudo no tratamento da carroçaria, no âmbito da dinâmica, e na dimensão. Também nos interiores as propostas é mantê-los espartanos, confortáveis, modernos mas onde tudo se encontra simplificado, tal qual acontecia antes, "escondendo" a tecnologia dos sistemas de comunicação e dados sobre o funcionamento das viaturas, ainda que sejam sofisticadas e fiquem acessíveis ao contacto táctil e visual.
Para o Renault 4L não foram ainda propostas quaisquer especificações técnicas: apenas a ideia de lhe associar uma versão 4x4, com suspensão pneumática semelhante à utilizada nos modelos Citroën C5 e DS5 e com um motor de baixa cilindrada, mas relativamente musculado.
Já a proposta do Fiat 127 assenta sobre o chassis que serve o actual modelo Punto e o Alfa Romeo Mito e será servida pelos motores a gasolina 1,4 litros MultiAir sobrealimentadas, de 135 e 170 cavalos (este último numa eventual versão com assinatura Abarth); no 0,9 litros (875 cm3) TwinAir de 2 cilindros com 85 cavalos; e com as versões diesel JTDM de 1,3 e 1,6 litros, respectivamente de 85 e 120 cavalos. A produção deste projecto do modelo 127 poderá ser equacionada em virtude do sucesso da reedição do modelo 500, tanto mais que o conceito é em todo semelhante: recriar um ícone da indústria automóvel, mantendo-o indubitavelmente associado ao original e, em simultâneo, torná-lo numa viatura aspiracional.
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