Na “Fala do Artesão” são os cheiros da terra, entre o rural e o marítimo, que nos invadem a boca. Boca que explode em “Fronteira”, numa dimensão mais marcadamente política dos seus escritos. Tudo se encerra com “Casas Funerárias”, um pequeno livro de morte, onde o título do conjunto acabará por soar a inevitável ironia de quem sabe não vir a ser nem famoso, nem escutado, nem morto.
Para o autor, “desde 2009 até agora, por duas ou três vezes que houve oportunidade de ser publicado o livro, mas acabou por nunca acontecer por uma ou outra razão até este momento, o que acabou por ser positivo, pois permitiu-me ir “apurando” o que estava a trabalhar, até conseguir o trabalho agora apresentado”.
Também Luís Filipe Cristóvão apresenta o livro como “três livros diferentes, três pequenos livros que são um caminhar para a morte, ou para um desaparecimento, com onze poemas cada, em que o próprio tamanho dos poemas também vai diminuindo enquanto se vai avançando no livro”.
O lançamento da obra do escritor esteve enquadrada nas Festas da Cidade e contou com a presença da vereadora Ana Umbelino na sessão de apresentação.