A população de girafas baixou quase 40% desde a viragem do século, em menos de 18 anos.
Em Junho de 2017, Tess Thompson Talley publicou nas redes sociais uma fotografia sua junto de uma girafa que tinha abatido a tiro, ou seja caçado, na África do Sul, comentando que orava pela sua “caça de sonho que se tornou verdade hoje!”. E de seguida precisou que o animal tinha mais de 18 anos, pesava 1.814 quilos e que conseguiu retirar 900 quilos de carne dele. Mas ficou por esclarecer – se é que encontramos alguma explicação para este acto – a razão da caçada e o destino dado à carne do animal.
Então, a publicação suscitou fúria global dos internautas e acabou apagada do ciberespaço. Mas as imagens acabaram por ser recuperadas recentemente porventura por uma boa causa: Uma chamada de atenção para a brutalidade humana infligida sobre as espécies de animais selvagens no seu próprio habitat. E quanto mais não fosse para incentivar as maiores críticas da comunidade internacional e de todos aqueles que se preocupam com a preservação futura do planeta.
Por exemplo, a actriz Norte-america Debra Messing partilhou a história no Instagram, qualificando Tess Talley como pessoa “insignificante, imoral, sem coração e assassina egoísta”, lembrando que esta é uma espécie rara e que “será extinta no momento em que os seus netos puderem sentar-se sem problemas no mato e puxar o gatilho”.
No entanto, esta e outras imagens, bem como relatos sistemáticos de guardas florestais de uma grande parte dos parques naturais de África, fizeram com que, pela primeira vez, cinco países africanos propusessem a inclusão das girafas na lista de espécies protegidas.
Está dado o primeiro passo para um propósito global em salvar as girafas enquanto espécie que se encontra realmente ameaçada.
A crueldade que nos deve indignar...
Há uma espécie de humanos que enfermam de estultícia sem precedentes. Incapazes de perceberem o seu lugar na vida social e cultural do planeta, inábeis em se educarem como racionais que são ou deviam ser, e partilhar da natureza tal como ela é, preservando-a e deixando-a florescer de acordo com a diversidade dos ecossistemas.
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