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Paulo Roque fala-nos de segurança  alimentar, higienizações, desinfestações,  recuperações  e... muito mais!

Paulo Roque fala-nos de segurança alimentar, higienizações, desinfestações, recuperações e... muito mais!

Estivemos com Paulo Roque, o administrador do Grupo Silva Roque (Sterile Clear e Desicosmo), com instalações em Gibraltar, Ponte do Rol - Torres Vedras, e procuramos saber o que vai passando nas áreas de atuação destas empresas - consultoria, certificação, higiene e segurança alimentar, desinfestações, desinfeções e limpezas profissionais, em especial - mas também, após alguns anos, pandemia pelo meio, se é este ano que vão voltar a expor na Feira de São Pedro, em Torres Vedras.
Uma conversa muito interessante.

Revista Festa - É este ano que vamos voltar a ter o Grupo Silva Roque na Feira de São Pedro?
Paulo Roque - Gosto muito de estar presente na Feira. Efetivamente desde a pandemia que não estamos presentes, como expositores, embora nós e os nossos colaboradores todos os anos vamos por diversas vezes ao evento, muito em especial aproveitando para jantares em grupo, o que é sempre muito agradável para todos.
A pandemia trouxe-nos uma série de desafios e ainda não é este ano que vamos estar presentes como expositores, embora ache que é muito interessante, muito em especial pela possibilidade de interação com clientes, amigos e conhecidos que, como nós, também adoram a Feira de São Pedro.
Ainda me recordo bem que, depois da Feira era normal as pessoas passarem aqui na Estrada Nacional, parar, vir cumprimentar-nos e perguntar se ainda tínhamos aqueles produtos profissionais que levávamos para expor e que dispensávamos a todo o público, em geral, que depois os queriam continuar a adquirir.
Ainda assim, continuam a ser tempos desafiantes e, depois de muito ponderar, este ano ainda não vamos regressar como expositores mas para o próximo ano é muito provável que o façamos.

Revista Festa - No Grupo Silva Roque as duas empresas são muito diferentes uma da outra, no que diz respeito à atividade?
Paulo Roque - Verdade. Vou tentar simplificar e resumir, para não ser fastidioso.
O início deu-se comigo a começar atividade em nome individual, há perto de vinte e cinco anos, embora tenha logo abraçado o nome da Sterile Clear só a consegui registar cinco anos depois. Tudo isso passou por uma norma da UE e um decreto nacional, que obrigava Portugal a implementar sistemas de segurança alimentar, pest control e assim.
Mais tarde, há cerca de quinze anos tudo muda de novo e sentimos necessidade de nos certificar pela qualidade, que começava a ser exigida por muitos dos nossos clientes. Já seguíamos todos os padrões necessários, mas a certificação oficial passava a ser indispensável, só que, na Sterile Clear, tínhamos um leque de oferta imenso e não era fácil a certificação num âmbito tão alargado, o que levou a tomar novas decisões e definir bem o que era parte de consultadoria, engenharia, técnicos superiores, formação, análises, e assim.
Revista Festa - Então e qual o papel que coube à Desicosmo?
Paulo Roque - A Desicosmo passou a abarcar a parte da higiene, desinfeção e desinfestação, em especial, que eram áreas que já tínhamos, mas que nos pareceu melhor ficarem setorizadas nesta nova empresa.
A certificação de qualidade procura isso mesmo, que as coisas estejam bem definidas e bem separadas, por âmbitos de atividade.

Revista Festa - Continuam em constante evolução?
Paulo Roque - Efetivamente é assim. Com a Desicosmo temos tido as áreas que conseguiram uma maior evolução, onde temos que ser mais criativos, mais audaciosos, constantemente na procura de soluções e respostas para problemas que nos são colocados. Engenheiros todos temos, capazes e profissionais, mas, cada vez mais, temos que ser especializados naquilo que fazemos, aí reside a grande diferença.

Revista Festa - Mas ambas as empresas têm certificação ISO?
Paulo Roque - Claro, ambas as empresas têm certificação ISO 9001:2015. Mas o que é verdadeiramente importante, para quem a nós recorre, é ter um problema, chamar uma empresa e ter a solução para esse problema… chegar ao fim e sentir que pagou, tem o problema solucionado e pode contar com essa empresa para o futuro.
Quanto a trabalhos temos diversos tipos de resposta. Por exemplo no Palácio Nacional de Queluz atuámos ao nível do restauro das superfícies. Conhecem-nos por trabalharmos muito bem ao nível de pavimentos, em que também nos especializámos. Nesse caso específico fomos encarregues do restauro de madeiras com mais de duzentos anos, limpá-las em profundidade, tratá-las com cera de abelha como era uso nessa época, que tivemos que produzir. O cliente ficou tão satisfeito que acabámos por fazer também o tratamento de tudo quanto era tijoleira do palácio, recuperando-a e protegendo-a, porque são milhares de pessoas a circular naqueles pavimentos e estes têm que estar nas melhores condições para resistir.

Revista Festa - Esse é um tipo de cliente para um trabalho muito exigente, mas não é só esse o vosso cliente tipo. Qual o vosso cliente mais comum?
Paulo Roque - O nosso grupo tem empresas muito dinâmicas. Embora o âmbito do nosso trabalho seja sempre o mesmo nunca estamos estagnados, estamos sempre em constante evolução.
Para sermos bons no que fazemos também não podemos querer fazer tudo, pois “fazer tudo e bem não há quem”.
Primeiro que tudo definimos qual a nossa área de influência, em que trabalhamos desde Cascais a Lisboa, Sintra e toda a região litoral até Leiria, no fundo a nossa zona Oeste um pouco mais alargada.
Retirando a parte da higiene e segurança alimentar, a cargo da Sterile Clear, começa tudo quase sempre com a necessidade de desinfestação, onde nos surgem pragas de moscas, baratas aranhas, ácaros, pulgas, piolhos e outros infestantes, não nos resumindo a uma espécie. Por exemplo, agora encontramo-nos em Lisboa a solucionar um problema com percevejos num hotel, que não sabe bem de onde surgiram e que há quatro meses procuram solucionar com uma empresa local. Este como outros casos são-nos entregues pela forma como os enfrentamos, de forma integrada e sempre específica caso a caso, percebendo a estrutura em que se encontram e adequando uma resposta à situação específica.

Revista Festa - Especializaram-se nessa área. Têm boa capacidade de resposta?
Paulo Roque - Na área dos infestantes devemos ser uma das empresas a nível nacional com maior e melhor leque de respostas. Já estamos no mercado há muitos anos e até por isso, pela experiência que fomos adquirindo, cada vez mais nos é possível adequar soluções a situações muito específicas.
Temos um cliente muito diversificado desde câmaras municipais a indústria, comércio ou até moradias individuais, estado abertos a oferecer os nossos serviços nas necessidades do dia-a-dia. Sentimo-nos confortáveis a limpar e desinfetar uma loja, banco, clínica ou ginásio. Se for necessário e tivermos pessoas disponíveis, facilmente chegamos a acordo e disponibilizamos os nossos serviços, dentro desta área de atuação geográfica que definimos.
Mas para tudo isto contribui a felicidade de contar com uns excelentes RH que vêm sendo decisivos na capa-cidade e evolução das empresas, pois são eles que, para além do mais, nos encontram e “entregam” os melhores profissionais que fazem com que os clientes nos prefiram. São os bons profissionais que fazem as boas empresas.

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