Este Conservatório de Música D. Dinis faz parte de um universo de 137 escolas do designado ensino artístico especializado em Portugal, sendo 130 particulares ou cooperativos.
Falamos num universo nacional de 40 mil alunos e mais de 4 mil professores.
No Conservatório da Póvoa de Santo Adrião ministra-se, há mais de 25 anos, o ensino artístico do 1º até ao 12º ano de escolaridade. Daí em diante está o ensino superior de música.
Nas instalações da antiga Secundária da Póvoa de Santo Adrião, 52 professores especializados dão aulas a 494 alunos nas disciplinas estritamente relacionadas com a aprendizagem da música e a 100 alunos de ballet.
Apesar das imensas dificuldades e da continuada gestão contada ao tostão, a direcção daquele Conservatório estima e moderniza as instalações cedidas pela Câmara Municipal que a bem da instituição garante o pagamento das contas de água e electricidade, um montante que, segundo o director Carlos Gomes, “faz toda a diferença e se revela como uma ajuda importante”.
Para Carlos Gomes e para a pedagoga Ana Maria Geraldes é decisivo que as autarquias olhem para estes projectos educativos de igual modo às demais escolas e, porventura, como uma espécie de benefício para o movimento e desenvolvimento cultural da comunidade que se encontra próxima, pois os conservatórios e particularmente o D. Dinis promove uma espécie de ensino aberto, desde logo à comunidade parental ou seja como que ‘puxa’ para dentro da escola os pais e encarregados de educação. Os resultados periódicos e anuais dos alunos são como que expostos às comunidades com múltiplos concertos.
Da visita percebemos que as autarquias do Norte interagem e relevam bastante mais este ensino que a Sul do País. Isso ficou patenteado, durante o primeiro congresso nacional dos estabelecimentos de ensino artístico especializado que decorreu a semana passada, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.