Festa - O “monocasta” Alma Vitis Arinto foi colocado recentemente no mercado. É um bom vinho. Tem estado a correr bem a sua aceitação?
Paulo Rodrigues - Estamos a falar de um vinho da colheita de 2021. É um vinho que tem evoluído muito positivamente ao longo do último ano e está com uma aceitação muito interessante no mercado.

Festa - Qual a vantagem do vinho ser “monocasta”?
Paulo Rodrigues - A vantagem, em especial em relação aos “blend”, coloca-se ao nível da diferenciação possível das cores, cheiros e sensações ao beber cada casta, quer seja branca ou tinta. Na minha opinião pessoal este é um vinho que vale muito a pena provar...

Festa - A Adega enveredou por engarrafar “monocastas”, do Sirah, ao Cabernet Sauvignon e ao Arinto. A aposta correu bem?
Paulo Coelho - Correu muito bem. Estamos a falar de vinhos monovarietais, que têm uma presença muito acentuada e tornam-se muito gastronómicos, fáceis de beber em que o consumidor acaba por saber muito bem aquilo que procura e espera encontrar, ao contrário dos “blends”, como referiu o Paulo Rodrigues, que não são tão específicos para quem procura um certo tipo de vinho.

Festa - A aceitação tem sido boa?
Paulo Coelho - Quer pela parte dos nossos clientes, quer dos associados que também os compram, o “feedback” que temos tem sido muito bom. Têm sido vinhos de grande aceitação.

Festa - Provei este vosso novo “monocasta” no evento que decorreu recentemente no antigo IVV - o “Reserva” - que para além de outras valências era especialmente ligado aos vinhos. Como correu para vós este evento?
Nuno Silva - Acho que correu bem, com as pessoas a aderir, como se pode constatar, com muitas provas e muitas pessoas a procurar-nos. Considero que foi muito positivo e que se deve dar cofoitinuidade ao evento, pois é muito bom para nós e para os outros produtores e só valoriza a região.

Festa - Esta mudança nos moldes do evento melhorou alguma coisa?
Nuno Silva - Sinceramente não conheci o evento anteriormente, pois ainda não estavamos na direção da Adega em edições anteriores e pessoalmente não tive oportunidade de ir ao mesmo. Agora, este ano, gostámos do conceito, da forma como foi organizado, só gostava de ver uma gastronomia mais regional a ser oferecida no evento, mas compreendo que foi o primeiro ano neste formato e tudo evoluirá certamente em próximas edições. Mas no geral a opinião é muito positiva pois foi muito bom e bem organizado.

Festa - Sabemos que a Adega de São Mamede tem novidades para os próximos tempos. Pode saber-se do que se trata?
Nuno Silva - Para este ano ainda temos o lançamento do nosso Grande Reserva, que embora ainda não tenha data definida deverá acontecer a seguir às vindimas.
Embora já esteja no mercado, também se deverá fazer uma apresentação pública do nosso Reserva e depois, em princípio no início do próximo ano vamos ter também outra grande novidade.

Festa - E qual é essa grande novidade?
Nuno Silva - Vai mesmo ser novidade... só vamos desvendar nessa altura. Adianto que é um produto da nossa Adega que está em fase de evolução mas com comentários e críticas muito positivas de todos aqueles que já tiveram contacto com ele neste período experimental.

Festa - Estamos na altura da Feira de São Pedro - Torres Vedras. A Adega vai estar na Feira?
Nuno Silva - Claro que vamos estar presente como nos anos anteriores. A Câmara disponibiliza um espaço para os produtores de vinho da nossa região e a Adega de São Mamede vai ter o seu dia nesse espaço.
Aproveito para convidar todos a aparecer e degustar os nossos vinhos que teremos disponíveis para Prova, em especial os “Alma Vitis”, “Alma de Lisboa” e “Alfama”.